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Saúde Energética Sistêmica 

Saúde é a arte de equilibrar os aspectos da vida

Por Debora Junqueira Gonçalves

Os artigos estão em ordem cronológica decrescente, dos mais novos para os mais antigos.

No final da página está a referência bibliográfica geral.

 Todos os artigos são escritos com base em uma série de conhecimentos lidos, estudados, observados e praticados e são escritos organicamente.


Autoconhecimento é a chave para a integração


Ultimamente só tenho visto ataques  de ódio nas redes de todos os lados. Gostaria de conseguir escrever algo  com outro tom, não sei se é possível, mas vamos lá.


Todos somos seres humanos em evolução de consciência. Cada um tem seu ritmo e está atravessando o que estamos passando no Brasil 

através do seu olhar, suas crenças e suas perspectivas. 


Infelizmente parece que nos últimos anos tudo se resumiu em 2 olhares e 2 perspectivas, sendo que somos seres muito mais complexos que isso. 

Qualquer coisa que se fale automaticamente já é resumido em lado a ou lado b, e isso vem nos fragmentando cada vez mais. 


O governo que nos representa, seja ele qual for é reflexo do povo. E nós como povo estamos cada vez mais fragmentados. Um monte de gente 

virou juiz e expert em política e a maioria continua sem se importar em ser humano e está confusa achando que se importa. 


Eu venho trazendo algumas reflexões nos últimos meses a respeito daquilo que é natural, que faz parte da natureza. Natural é crescer, amadurecer 

seus aspectos físico, energético, emocional, mental e espiritual para se desenvolver e cumprir o que quer que cada um veio para cumprir. 


Uma fruta vem cumprir o papel de alimentar, uma abelha vem cumprir o papel de polinizar, uma panela vem cumprir o papel de ser usada 

para cozinhar, tudo tem uma função. 


Nós como seres humanos temos um papel único porque temos a capacidade de desenvolver conhecimento e cada ser humano faz isso através de 

seu olhar interno. Entretanto, o principal conhecimento é sobre si mesmo, é esse o nosso crescimento e amadurecimento e acho que é isso 

que está mais difícil da gente entender.


Se eu não sei quem eu sou, eu não me desenvolvi ainda e não consigo aprender o que vim fazer aqui no mundo. Eu não tenho condições de saber 

verdadeiramente nada sobre nada porque a minha perspectiva interna é imatura e cega e eu só “enxergo” no mundo aquilo que está dentro de mim. 


Se eu não tenho autoconhecimento e não me vejo, o mundo que eu enxergo está muito distorcido e nublado e eu acredito que as distorções 

que eu vejo são verdades.


Eu não sou perfeita, ainda não estou totalmente integrada, e obviamente falo isso de uma perspectiva interna. Entretanto, estou aqui me trabalhando para ter um pouco mais de autoconhecimento quando me toca excessivamente “as verdades” sendo ditas.  


Há muito tempo estamos desrespeitando a nós mesmos. Ultrapassando os nossos limites pessoais em nome de algo que a gente nem sabe direito, 

porque aprendemos assim e simplesmente continuamos repetindo isso que nem robôs.


Mais uma vez vou trazer aqui o trabalho como um ponto central. Trago isso porque para mim o trabalho precisa estar alinhado com o nosso propósito espiritual e estamos bem longe disso. 


Abrimos mão das nossas famílias pelo trabalho, e a maioria das pessoas nem gosta do que faz e não sente que está contribuindo verdadeiramente para si mesmo, quanto mais para a família e o mundo. 


Nessa dinâmica, os vínculos mais importantes - entre pais e filhos - ficam completamente vulneráveis e por conta disso as pessoas crescem 

inseguras, frágeis e estabelecem as relações (ou nem conseguem estabelecer) a partir dessa matriz emocional. 


Abrimos mão da nossa saúde física, mental, emocional e espiritual pelo trabalho porque a maioria de nós passa 8, 10, 12 horas ou mais trabalhando e não consegue cultivar hábitos mais saudáveis de corpo, mente, emoção e espírito por conta disso. 


A nossa relação com a gente mesmo fica completamente comprometida porque é um auto abandono em todos os níveis e gera uma incapacidade 

emocional, mental e espiritual de se cuidar, se nutrir e se fortalecer e queremos que algum terceiro faça isso.


Eu sou a favor do trabalho, ele é a nossa expressão espiritual aqui na Terra. Nós como seres humanos somos a ponte do divino e temos a capacidade de manifestar o divino na Terra. Para isso a primeira integração é consigo mesmo, não existe outro caminho. 


Através do trabalho podemos manifestar o divino e mais uma vez, além de tudo que já foi dito anteriormente nesse texto, olha a nossa relação com o trabalho como está: Tem gente que não tem nem permissão de trabalhar dignamente inclusive porque nós distorcemos o trabalho criando categorias com abismos gigantescos do que vale muito mais e do que vale muito menos, sendo que precisamos de todos os serviços se eles estiverem alinhados com as leis da natureza e as leis espirituais.


Nós ficamos completamente robotizados (alguns estão acordando) aceitando tudo que foi imposto como algo “natural" e violentando absurdamente a nossa natureza de ser humano integrado em corpo, mente, emoção e espírito - primeiro conosco - para poder respeitar a si mesmo e encontrar o nosso verdadeiro lugar no mundo com toda a nossa potência e esplendor.


Se a gente não consegue respeitar a si mesmo, não é possível respeitar nem um outro ser humano, nem os animais, nem a natureza e muito menos as coisas que criamos, sim as coisas tb são sagradas. 


Não sei ainda o que vem por aí, mas parece que a gente ainda precisa aprender com o ódio. O ódio de si mesmo. O ódio de si mesmo sendo refletido no outro, no planeta.  Acho que essa é a primeira clareza que se precisa ter. É só olhando para a sombra que podemos integrar.


As pessoas tem falado em amor mas me parece que ainda estamos longe de compreender o que é o amor maduro. O amor maduro se conhece e por isso pode se respeitar, respeitar os seus limites e consequentemente os limites do outro e conviver com isso.


Espero que essas reflexões contribuam para o autoconhecimento - conhece-te a ti mesmo para poder transformar a si e ser a transformação que 

você quer no mundo. 


Quando a gente conhece a si mesmo, é possível saber que todos temos pontos cegos e que um ajuda o outro a se enxergar com mais verdade, 

especialmente aquilo que é difícil de ver, mas existe. E aí quem sabe podemos encontrar nosso verdadeiro papel no mundo e colaborar uns com 

os outros como ser humano, como ser vivo.


Sigo com as reflexões das mensagens cósmicas que venho recebendo e compartilhando por aqui. 


Com amor, luz e sombra,


Debora Junqueira - Terapeuta Energética | Artigo escrito em 11/01/2023 



Nada do que construímos na ilusão vai se sustentar


Nada do que construímos na ilusão vai se sustentar.


Por aqui, são muitas reflexões nesses tempos de transição planetária.


Na visão sistêmica todos têm direito a pertencer, portanto tudo tem o seu lugar. 


A visão sistêmica se baseia na observação de fenômenos - isso quer dizer que essa visão não cria uma teoria baseada no que acha, ela observa o que acontece factualmente.


Ela observa a atuação das leis da natureza e das leis espirituais e os fatos que ocorrem diante dessa atuação - entenda aqui a espiritualidade como a integração do todo, o macrocosmo em todos os níveis.


Diante disso, observamos sistemicamente que tudo tem o seu lugar na divina proporção.


Existem leis espirituais e leis da natureza e por mais que a nossa consciência moral e o nosso julgamento não concordem, elas são muito maiores do que isso, e atuam.


E o que acontece é que nossa consciência moral julga e todo julgamento causa uma exclusão e toda exclusão gera um desequilíbrio, porque não é real, apenas escolhemos não ver, mas aquilo existe de fato.


Hoje em dia nós começamos a ter permissão para incluir alguns conteúdos que por muito tempo ficaram excluídos - é uma questão de evolução da consciência: ampliar a percepção para ver o que existe.


Entretanto, porque ficaram excluídos por muito tempo, esses conteúdos estão tentando ser incluídos de forma compensatória, em excesso, forçadamente ocupando lugares que vão além dos seus e consequentemente causando outras exclusões e desequilíbrios.


Me faz refletir: quando de fato conseguiremos realizar uma integração verdadeira, alinhada com as leis espirituais e as leis da natureza?


A verdade nada tem a ver com o que nossa consciência moral acha. Nada tem a ver com o politicamente correto instalado.


A verdade tem a ver com alinhamento com as leis espirituais e as leis da natureza, todo o restante é mera ilusão que criamos.


A questão é quantos de nós estamos realmente dispostos a abrir mão das ilusões que criamos e nos alinhar com a verdade das leis espirituais e das leis da natureza?


Essas ilusões criam falsas seguranças, e mesmo que ainda estejamos escolhendo acreditar nelas, tudo factualmente está em colapso, não se sustenta mais.


O colapso e o caos acontecem para que haja uma nova organização das coisas, para que tenhamos novas perspectivas de observar e escolher ver com mais clareza o espaço que cada conteúdo de fato ocupa. Nem mais, nem menos, na divina proporção, independente do que a gente acha - é matemática, é física.


Nós ainda estamos com muitas resistências a enxergar de forma mais ampla e por isso esse processo de transição está tão doloroso.


Não adianta querer voltar ao que era antes, agora é tudo novo, o aprendizado é desapegar.


Nada do que construímos na ilusão vai se sustentar.


Por aqui, são muitas reflexões nesses tempos de transição planetária.


E cada vez mais a consciência expande e enxerga coisas que ainda não tinha condições de ver, mas existem.


Com amor,

Debora Junqueira - Terapeuta Energética | Artigo escrito em 16/12/2022 



Independência ou Interdependência?


Quando você resolve tomar uma simples xícara de café, você já parou para pensar quantas pessoas estão envolvidas nesse processo desde o plantio dessa matéria prima até que ela possa chegar na sua mesa, juntamente com todos os acessórios e adereços que você precisa para desfrutar desse momento?


Acredito que quando consideramos que somos interdependentes, ou seja, que dependemos uns dos outros para agir e também para nos beneficiar no mundo somos mais coerentes nas nossas ações. 


Será que quando falamos de um país podemos falar sobre independência antes de falar sobre interdependência?


Um país é composto por muitas histórias, sistemas, dinâmicas, povos, entre outros elementos que juntos formam uma cultura. 


Nesse Sete de Setembro, no qual existem inúmeras manifestações contra ou a favor de algo estou aqui refletindo sobre independência e interdependência. 


Mesmo que a gente não goste de certos aspectos dessa colcha de retalhos e não concorde com certos comportamentos culturais, é possível excluí-los? 


Para mim, é um exercício diário de consciência integrar todos os aspectos, mas sei que só integrando exatamente como é, se torna possível abrir novas perspectivas na interdependência e quem sabe, a partir desse aprendizado, trazer um pouco de independência para fazer diferente e somar na interdependência.  


Muitas vezes dá um nó diante dessa complexidade. Não tem nada preto no branco, está tudo cinza e misturado.


Sigo na reflexão. 


Com amor e Consciência, Debora Junqueira.

Debora Junqueira - Terapeuta Energética | Artigo escrito em 07/09/2021 



O seu poder de criação afeta diretamente a realidade do mundo

 

Desde 2018, tenho realizado mensalmente sessões de grupo através da abordagem do BodyTalk e por observação percebo que quando trabalhamos em grupo acessamos não só os conteúdos em comum daquele grupo que se forma, mas também conteúdos do inconsciente coletivo o qual aquele grupo está inserido. 

Em um trabalho chamado a Jornada dos Chakras - no qual conduzi no papel de terapeuta duas sessões de grupo para cada um dos sete principais centros energéticos do corpo que são: chakra básico, chakra sacral, chakra do plexo solar, chakra cardíaco, chakra laríngeo, chakra frontal e chakra coronário - me admirei sobre o conteúdo revelado nas sessões. Foi observado o quanto as energias feminina (Yin) e masculina (Yang) realmente estão diretamente entrelaçadas com todos os nossos centros energéticos e que essas energias se equilibram no chakra cardíaco, que rege o coração. Os chakras também são centros de consciência e precisamos que ambas energias, Yin e Yang, estejam em harmonia para que eles funcionem de forma mais saudável e potente. O trabalho também revelou o quanto o ambiente que estamos inseridos - cultural, familiar, religioso, etc - influencia no fluxo dessas energias, masculina e feminina, e consequentemente no movimento desses centros energéticos e de toda a consciência que cada um deles rege. É importante saber que num primeiro plano os chakras afetam diretamente as glândulas endócrinas e como desdobramento afetam os órgãos e consequentemente o complexo corpo-mente como um todo. Na visão do BodyTalk o corpo é um sistema integrado. Não é possível separar o nosso corpo físico do aspecto mental, emocional, energético e espiritual e o chamamos de complexo corpo-mente. 

Voltando sobre Yin e Yang, em resumo, a energia feminina rege o hemisfério direito do cérebro, que é mais abstrato e responsável pela intuição e pelo entendimento num nível mais profundo e emocional. Também rege a nossa capacidade de nutrição e acolhimento. Já a energia masculina rege o hemisfério esquerdo do cérebro, responsável pelo raciocínio e o pensamento lógico. Também encontramos na energia masculina a nossa força, a energia de ação, a capacidade de proteger e a nossa relação com a espiritualidade. Feminino e masculino

precisam um do outro. De que adianta a minha capacidade de compreender o outro (Yin) se eu não consigo aplicar isso de maneira concreta através das minhas ações (Yang)? 

Ainda sobre a Jornada dos Chakras, reforço que o trabalho foi realmente uma grande revelação. A princípio a proposta seria uma sessão de grupo para cada centro energético mas se ampliou organicamente e se transformou em uma jornada de ida - do primeiro chakra para o sétimo - e em uma jornada de volta - do sétimo chakra para o primeiro. Esse desdobramento também trouxe um entendimento de que precisávamos observar com mais atenção o conteúdo relacionado com as energias masculina e feminina que se apresentava nas sessões e fazer da jornada de ida um movimento de elevação da consciência. Nela, trabalhamos o movimento do feminino em direção ao masculino - da mente mais primitiva e intuitiva para uma mente mais expandida e consciente. Já na jornada de volta se mostrou necessário trabalhar o movimento do masculino para o feminino e dentro do contexto do trabalho isso significava aplicar essa mente mais amorosa expandida e consciente - que foi alcançada na jornada de ida - de forma lógica e coerente através de ações concretas no mundo, no plano material. 

Na jornada de ida - do feminino para o masculino, a expansão da mente primitiva - a sessão do chakra cardíaco me chamou muita atenção. Em um dos itens da fórmula trabalhamos a válvula bicúspide do coração, que basicamente é responsável por não deixar o sangue venoso, que é tóxico, cheio de gás carbônico, invadir o sangue arterial, que transporta oxigênio. No contexto trabalhado na sessão se mostrou um conteúdo de toxicidade sanguínea e uma dificuldade de filtrar essa toxicidade, pois não havia mais ambiente não contaminado. O ambiente externo contaminava o organismo e o organismo intoxicado também contaminava o ambiente, um retroalimentava o outro. Como estávamos trabalhando no chakra que naturalmente equilibra Yin e Yang, esse ponto nos revelou uma dinâmica tóxica entre essas energias. O Sangue está relacionado com nossa ancestralidade e a linfa que permeia o sangue e que transporta o CO2 para ser eliminado, está relacionada com a drenagem de emoções e crenças tóxicas. A sessão revelou que recebemos da ancestralidade padrões emocionais e de crenças que para os dias de hoje não cabem mais, então vamos chamar aqui de ‘tóxicos’ e que formam/sustentam uma cultura e que num nível mais inconsciente alimentamos eles dentro de nós e vertemos isso no mundo. O mundo que vivemos hoje é de nossa criação. Num nível inconsciente estrutural escolhemos alimentar ‘toxicidade’ e vemos isso concretamente na forma de se relacionar com o meio ambiente, nas dinâmicas políticas, sociais, na forma de nos alimentar e na forma de tratar a nós mesmos e consequentemente uns aos outros. Hoje os índices de poluição, desigualdade social, obesidade e de doenças degenerativas, como câncer, têm aumentado em larga escala. Além disso, os índices de distúrbios emocionais e psíquicos, como depressão e ansiedade também. 

Diante dessas informações e em complemento com outros olhares (clínicos, filosóficos, científicos e sistêmicos), observo o quanto a relação com o nosso masculino e o nosso feminino influencia na nossa forma de se relacionar com o mundo. Essas energias são primárias porque viemos ao mundo através dessa fonte: pai e mãe - masculino e feminino - ainda não tem outro jeito de um Ser Humano chegar ao mundo. Precisamos também incluir aqui a sexualidade que é o veículo pelo qual somos conduzidos à vida. Mesmo que utilizemos de meios artificiais (nesse artigo não vou entrar nesses méritos) para reproduzir, ainda assim precisamos das glândulas reprodutoras masculina e feminina para que se tenha eficácia e dessa forma a sexualidade se faz presente. As energias masculina e feminina estão diretamente ligadas à nossa sensualidade (Yin) e à sexualidade (Yang). É importante saber que o fluxo delas ocorre em sua maior intensidade neste caminho dos sete chakras e que também é conhecido como o caminho da Kundalini. 

As energias de sensualidade e de sexualidade estão muito além do ato sexual em si, elas estão relacionadas a tudo o que criamos no mundo. Entretanto, de certa forma, a maneira como lidamos com o sexo também nos revela como lidamos com a nossa energia de criação. Sem julgamentos, convido a uma reflexão sobre a forma que lidamos com o sexo na nossa cultura atual. Somos constituídos de muitas crenças e culturas que nos afetam inconscientemente e até geneticamente, e por muitas gerações estamos experimentando uma dificuldade do Ser Humano de integrar essas energias primárias sexuais masculina e feminina - que são energias de criação. Por muito tempo estamos experimentando uma dinâmica tóxica antiga de vitíma/agressor entre essas energias primárias e -

conforme revelado no contexto da sessão do chakra cardíaco do trabalho da jornada dos chakras - ainda escolhemos alimentar essa dinâmica, é só olhar no noticiário. 

Hoje, num primeiro plano, o feminino ainda é vítima e o masculino agressor - mas vamos entender que homens e mulheres têm feminino e masculino. Vamos entender num plano mais profundo que as mulheres se empoderaram num Yang distorcido (ex: excesso de competição entre si) para se defender e não fizeram as pazes com o seu Yin e vamos entender que os homens nunca tiveram permissão para sequer olhar para o seu Yin (ex: homem não chora). Ambos, homens e mulheres, independente de opções sexuais, reforçam essa dinâmica, cada um da sua forma, cada um na forma como se relaciona com seu masculino e feminino internos. Se o meu masculino fere o meu feminino e vice versa, e essas energias são fonte da nossa própria criação, como eu vou me amar e o que eu vou criar no mundo a partir desse amor ou não-amor? Se eu sou um ser fragmentado como eu vou me integrar no mundo? 

Como disse, há muito tempo estamos reforçando esses padrões antigos e arcaicos e vejo isso como um processo de evolução do ser humano. A evolução do Ser Humano está em trazer mais consciência sobre o que é Ser. Isso implica em aprender sobre si e sobre o que é Ser Humano. Nos últimos anos surgiram novas abordagens terapêuticas que se revelam excelentes ferramentas de autoconhecimento. Sermos humanos com mais conhecimento e consciência sobre nós influencia na nossa capacidade de criar um mundo com mais ação regida por essa consciência expandida. 

Hoje, estamos experimentando uma ferida coletiva num nível mundial que se materializa através do coronavírus. Tudo isso me colocou para observar o que estamos vivendo e trazer uma consciência sobre o nosso poder de criação e qual realidade estamos escolhendo criar no mundo. Reforço que vejo o que está acontecendo como o certo, sem julgamentos, pois somos seres em evolução. Se formos olhar para a história da ancestralidade humana, temos muito tempo de história primitiva, que predomina num nível de sobrevivência instintiva e por conta disso uma série de crenças foram estabelecidas, sempre com o objetivo de perpetuar a espécie e dar continuidade na vida. Como somos seres coletivos,

essas histórias e crenças nos impactam num nível estrutural e criamos uma cultura. É importante ter consciência do quanto somos influenciados por essas experiências arcaicas e saber que pelo tempo que predominam na história elas atuam num nível relevante dentro do inconsciente coletivo. 

Segundo o princípio hermético dos planos de correspondência que é citado no Caibalion - ‘’o que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima’’ - e vou destrinchar isso rapidamente através de um recorte da visão Junguiana. Nós temos níveis de consciência, no qual 95% somos inconsciente coletivo e 5% somos mente individual consciente. Dessa forma no nosso estado individual não temos nem muita consciência do quanto somos coletivos. Quando começamos a ter a consciência de que no nosso default somos 95% coletivos, podemos ter a escolha de olhar o que está ali e começar a trazer para a nossa mente individual consciente os conteúdos coletivos que atuam em nós e saber o quanto somos influenciados por isso. Podemos fazer isso através de um processo terapêutico. Não saber o que se está escolhendo inconscientemente ajuda a manter crenças e padrões arcaicos e nos aprisiona nas consequências das escolhas inconscientes. O que nos liberta para outras possibilidades é colocar luz nesse inconsciente. Assim é possível fazer escolhas mais conscientes, ter mais autonomia sobre a própria vida e consequentemente saber que tipo de consciência e realidade se quer alimentar e criar no mundo. Eu quero criar corona vírus, violência, desigualdade social, preconceito? Em algum nível ainda escolhemos isso pois essa é a realidade que predomina. 

Diante do que foi exposto nesse texto, acho importante relembrar que criamos através das nossas energia feminina e masculina, Yin e Yang. Essas energias constituem os Seres Humanos de forma primária e influenciam diretamente os chakras, que são centros de consciência. Assim como na física, precisamos de pólos opostos para ter movimento energético e segundo a teoria da relatividade de Einstein existe uma equivalência entre massa e energia, pois qualquer massa possui uma energia associada e vice-versa. Dessa forma, também podemos

entender que os nossos fluxos energéticos contribuem para criar concretamente na matéria e aonde escolhemos - conscientemente ou não - colocar energia é um fator importante para determinar a criação. No mundo que vivemos hoje, homens e mulheres valorizam muito o Yang. O Yang é ação, realização, é ir para fora, conquistar. Convido você a olhar para o que estamos vivendo agora e refletir que dinâmicas estamos experimentando entre essas energias e pergunto: O que você quer criar no mundo? 

Debora Junqueira - Terapeuta Energética | Artigo escrito em 22/07/2020 / revisão 1 em 10/08/20 / revisão 2 em 08/08/21 



Sinto, logo existo


Com todo o respeito a Descartes (a intenção aqui não é refutá-lo) e ao nosso aspecto racional, gostaria de abordar algo diferente e dizer que ''sinto, logo existo''.

Essa sessão traz elaborações próprias, baseada nas minhas vivências de existência, estudo e prática de diversos assuntos que trazem luz para a nossa consciência. 


Vou começar falando como funciona o nosso mecanismo de programação e o que acontece quando deixamos de tocar em conteúdos arquivados no nosso cérebro límbico e que acionam o nosso cérebro reptiliano - que é responsável pelos nossos mecanismos de sobrevivência. Em uma síntese, o cérebro reptiliano funciona como se fosse o nosso HD. Ele já vem com os programas básicos instalados, que são os nossos mecanismos de sobrevivência. 


Nos primeiros sete anos de vida (primeira infância), ou seja, quando crianças nós não temos racional instalado. É só observar qualquer criança pequena. Nessa período de vida, diante das situações, nosso primeiro impulso é reagir com as nossas emoções. Não pensamos se é certo, errado, feio, bonito, simplesmente demonstramos o que sentimos.

 

Pois bem, é nessa primeira infância que instalamos nossas programações emocionais que são processadas no cérebro límbico. O córtex límbico é a região cerebral responsável pelo processamento das emoções e é o diretor do cérebro reptiliano. É no cérebro límbico que instalamos as programações que foram criadas para solucionar alguma dificuldade que a criança viveu. E essa área cerebral atua diretamente nos mecanismos de sobrevivência do cérebro reptiliano modificando os impulsos instintivos de acordo com as programações emocionais que foram instaladas.

 

O que infelizmente não sabemos, é que essas programações do nosso inconsciente emocional infantil, continuam atuando a medida que crescemos, e o que era uma solução de sobrevivência para a criança, se torna um fardo pesado para o adulto, afinal já crescemos e não precisamos mais daquela solução da forma como foi instalada. 


Por exemplo, um bebê de seis meses perde a avó materna em um acidente. A mãe desse bebê fica desolada por perder a própria mãe, e tomada pelo sentimento de dor e perda se desliga emocionalmente do bebê. O emocional dela está ligado na mãe dela, e não no bebê. O bebê precisa muito da presença emocional da mãe, então para sobreviver, ele cria um programa emocional compensatório para salvar a mãe. É a forma que ele tem de continuar emocionalmente ligado na mãe, mesmo que ela não esteja. Ele cria o programa ‘mamãe, eu cuido de você’ e na sua fantasia infantil, a mãe precisa dos cuidados dele para dar conta. Esse é um dos programas de sobrevivência emocional da criança, é um programa que ela criou de acordo com a emoção que estava sentindo naquela situação. Ela sentiu que a mãe precisava de cuidados, e precisava mesmo, mas como bebê não podia fazer muita coisa de verdade. Acontece que esse bebê cresce, e esse programa continua atuando sem se saber que existe e influencia nas suas relações diretas. Dessa forma ele vai reproduzir e cuidar de todas as pessoas com quem ele se relaciona, seja com amigos, colegas, amores, no trabalho, porque em todas as suas relações diretas ela projeta a mãe que precisa ser cuidada.  Ela sente verdadeiramente que se não cuidar da mãe, ela (a criança emocional) não sobrevive. É aquela pessoa que fica sobrecarregada, resolve tudo para todo mundo, mas não consegue resolver as suas próprias coisas e isso fica cada vez mais pesado para o adulto. 


Diante do acima exposto, vale a pena resolver tudo ou ficar só com a sua parte? 


Quando queremos resolver além daquilo que nos cabe acontecem os desequilíbrios nas diversas áreas da vida - saúdes física, mental, emocional, relacional, financeira, profissional, familiar, social - pois elas são integradas e interdependentes, não podemos separar uma da outra.


É aqui que entra o trabalho de educação terapêutica. Ao conhecer o que atua no seu inconsciente é possível atravessar e integrar as dores e feridas que ficam ali armazenadas e temos a oportunidade de poder fazer novas escolhas! Escolhas que nos libertam para ser cada vez mais nós mesmas e nós mesmos!  

Debora Junqueira - Terapeuta Energética | Artigo escrito em 24/02/2016 / revisão 1 em 29/11/16 / revisão 2 em 08/08/21 



Fontes: